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Marcio Gamboa
Comentário · há 8 anos
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Marcio Gamboa
Comentário · há 8 anos
A lei não foi cumprida. A lei foi pisoteada em verdadeiro estado de exceção. Não houve intimação. Não prospera o argumento de que se houvesse intimação com data marcada haveria conflitos e se visou a segurança do próprio Lula. História para boi dormir. O que ocorreu foi um acinte à democracia e ao Estado Democrático de Direito.
Doravante, cresce a indignação popular pelos desmandos de um grupo autoritário sobre a figura da pessoa que é considerada o melhor presidente da República que este país conheceu. Essa indignação vem se transformando em revolta, principalmente pelo fato de estar cada vez mais evidente que se trata de investigações, julgamentos e prisões seletivos, sendo que para não ser investigado neste Brasil ou ter processos investigatórios arquivados na sexta do lixo, é suficiente se filiar a um determinado partido da oposição.
As ações autoritárias, por outro lado, tem feito reunir a esquerda em torno de um ideal revolucionário. Quando se perde a confiança nas legitimidade e na legalidade das ações persecutórias das principais instituições públicas gera-se um ambiente de conflito e revolta. Será que não basta a escalada da violência e da criminalidade no país? Já não basta as milícias, o tráfico de drogas, armas? Será que somente uma guerra civil e a formação de guerrilhas semelhantes às FARCS satisfarão o desejo de vingança contra o partido atualmente no Governo Federal?
Sim, vingança, pois quando a lei só alcança o Chico, deixando de fora o Francisco, é vingança! É ilegal! É inconstitucional! É imoral e ilegítimo!
E os que querem a destruição do Lula e do PT a qualquer custo agoram apelam cada vez mais as nossas combalidas Forças Armadas. Querem o resgate da era do terror de 64. Esquecem-se que a situação de outrora é completamente distinta da atual. As pessoas não aceitaram mais um novo golpe político. Haverá reação e será extremamente violenta.
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Marcio Gamboa
Comentário · há 9 anos
Na verdade o que a sociedade deseja é a vingança pela injúria praticada. Todos sabem que os menores infratores cumprem pena em estabelecimentos similares aos presídios para adultos. Quem não acredita que passe um dia internado nestes locais. Ocorre que os anos em que o interno passa recluso não é o suficiente para aplacar a sanha de vingança dos brasileiros. Não existe neste projeto nenhum e qualquer ideal ou filosofia de recuperação e recolocação desse infrator de volta à sociedade. É apenas vingança pela vingança. Não importa se o adolescente saíra de lá muito mais violento, bem mais experimentado da escola do crime. O que sacia o ódio acumulado de uma sociedade cada vez mais intolerante é saber que aquele adolescente amargará muitos anos a mais no cárcere. Se pudesse esta mesma sociedade escandalizada instituiria no dia seguinte a pena de morte da forma mais dolorosa possível. É ódio pelo ódio, é olho pelo olho, é o dente pelo dente, mesmo que seja de conhecimento geral que somente os mais miseráveis sofrem as penas mais severas, enquanto os crimes de colarinho branco versam impunes.
Quanto mais se arrocha o parafuso, mais a porca espana ou, em outros versos, o que se semeia é o que se colhe. Atualmente a imensa maioria dos crimes de roubos praticados por menores não há vítimas fatais, exceto quando a vítima decide investir contra o ofensor. Isso pode mudar, quando os agressores temerem mais o cárcere e passarem a atirar mesmo sem provocação.
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